terça-feira, 6 de agosto de 2013

Comissão que discute "PL da Terceirização" segue sem consenso.



Hylda Cavalcanti
Da Rede Brasil Atual

Mesmo depois de se reunir por várias horas na sede do Ministério do Trabalho e Emprego, a comissão quadripartite que discute o projeto de lei referente à regulamentação da terceirização não conseguiu chegar a um consenso sobre os pontos referentes ao substitutivo a ser apresentado. Representantes do Executivo, Legislativo, patronato e dos trabalhadores (por meio de cinco centrais sindicais) ficaram de se reunir pela segunda vez nesta semana na próxima quarta-feira (7), quando apresentarão uma contraproposta sobre os temas com os quais não concordaram.

Caso a negociação caminhe até lá, o teor do texto deverá ser consolidado e apresentado ao grupo em outro encontro programado para se realizar na próxima segunda-feira (12), ocasião em que poderá ser batido um martelo em relação ao assunto.

Os parlamentares, no entanto, ficaram de negociar o adiamento da votação da matéria na Câmara dos Deputados – da terça-feira (13), conforme estava prevista, para a quarta-feira (14), como forma de ganhar mais tempo e se chegar a um projeto que agrade aos quatro setores.

Um dos pontos discordantes é a discussão sobre a ampliação dos serviços de terceirização para atividades-fim (que hoje é proibida) e aumento do número de terceirizados em atividades-meio (hoje, em número restrito por cada setor). Enquanto aguardam o desenrolar das negociações, as centrais sindicais realizam ato público hoje (6), em frente às federações e confederações empresariais, contra o projeto de lei.

A reunião da comissão quadripartite de hoje estava programada para ser a quarta e última do cronograma estabelecido pelo grupo de trabalho, mas como não se chegou a um acordo, o prazo foi prorrogado.

A CUT alerta, em publicação específica sobre os problemas relacionados à terceirização, que o projeto de lei, da forma como está, amplia a terceirização para todas as atividades e, com isso, estimulará empresas a substituir seu efetivo por empregados de prestadoras de serviços, em condições muito inferiores. A entidade cita como exemplo, pessoal de telemarketing, financeiro, petroleiro e de energia, que acabam empregando hoje terceirizados em vez de mão-de-obra direta.

Fazem parte da comissão quadripartite representando os trabalhadores, além da CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central e Força Sindical. Com informações do blog do Magno.

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