segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Eduardo Campos irá a programa do Ratinho.

Recife - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que planeja se candidatar à Presidência da República, participa no dia 27 , nesta terça - feira do Programa do Ratinho, no SBT, como entrevistado do quadro "Dois dedos de Prosa". Pelo mesmo programa, já passaram Marina Silva, que tenta criar o partido Rede Sustentabilidade, e Aécio Neves, do PSDB, prováveis candidatos ao Planalto nas eleições de 2014.

A ida ao programa, que atinge as classes C e D, em nada muda a estratégia de Campos: ele não vai antecipar sua candidatura e continuará dizendo que "2014 só em 2014". De acordo com correligionários, ele só assumirá que é candidato à presidência por volta de março do próximo ano. Aliado do governo Dilma, o PSB também só deverá entregar os cargos que ocupa no próximo ano.

O secretário nacional do partido, Carlos Siqueira, assegura que a ida a Ratinho não significa que Campos terá uma agenda de programas populares de televisão a cumprir. "Eduardo vai ao programa diante da insistência de Ratinho, que o convidou várias vezes e já cobrou no ar a sua presença", afirmou.

O governador continuará aberto, no entanto, a outros convites. "Em alguns momentos, ele estará mais disponível e, em outros, menos disponível", observou um assessor próximo. A avaliação é feita de acordo com os acontecimentos. Quando os movimentos populares ganharam as ruas em protestos contra governos e instituições, por exemplo, ele saiu de cena por algumas semanas.

Uma ida ao programa de Ratinho poderá ajudar o pernambucano, ainda pouco conhecido nacionalmente, a alcançar novos públicos.

Sem disfarce

Eduardo Campos tem pregado que o momento não é de "eleitoralizar" e, nas entrevistas que concede, chega a deixar dúvidas se realmente irá se lançar candidato. Em alguns momentos, no entanto, ele não consegue disfarçar que o projeto presidencial segue de pé.

Ao ser indagado, na terça-feira, 20, pela imprensa, sobre o relatório do banco de investimentos JP Morgan, que em artigo apontou que ele poderá ser o maior adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições do próximo ano, seus olhos brilharam. "Tentei ver ontem (segunda-feira, 19) à noite, mas não consegui", disse ele, indagando aos repórteres onde a matéria havia sido publicada. A informação foi do Valor Econômico.

A direção nacional do partido não deixa dúvidas quanto à candidatura. Segundo Carlos Siqueira, as prioridades do PSB são a candidatura de Campos, o fortalecimento do partido na Câmara Federal (a meta é eleger de 50 deputados federais) e o lançamento de candidaturas aos governos estaduais em 12 Estados.

Quanto maior o número de candidatos proporcionais e aos governos estaduais, mais o PSB poderá dar condições e suporte à candidatura do pernambucano. Esta é a reflexão do partido. O líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque, chegou a afirmar que, se necessário, ele disputará o governo do Rio Grande do Sul para dar palanque a Campos.

Na segunda-feira, o governador se reuniu, no Recife, com representantes dos diretórios regionais de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro que, juntos, representam cerca de 60% do eleitorado brasileiro.

Depois do encontro, a conclusão foi de que a legenda enfrenta dificuldades na Bahia e no Rio, onde deverão se concentrar mais esforços. Cinco de outubro é o prazo limite para filiações. Uma comissão foi encarregada de coordenar os trabalhos de conversas, convencimentos e busca de filiações. O presidente do PSB-MG, Julio Delgado, informou que pretende formar diretórios em todos os 853 municípios mineiros neste período. Atualmente, a legenda está presente em 605 deles.


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