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O governo de São Paulo informa que pretende remover diretores de escolas considerados incompetentes - e, agora, pretende definir o que significa ser um diretor de escola incompetente.
Aguarde, caro leitor, para ver a reação contrária das corporações, em geral avessas à meritocracia.
Apenas a existência dessa discussão já mostra como o poder público, onde impera a estabilidade, é o paraíso dos incompetentes. Você consegue imaginar um técnico de futebol ficar
indefinidamente mesmo que o time nunca consiga ganhar? Ou um executivo que não seja afastado se a empresa revelar falhas de gestão?
Numa escola pública assim: o diretor é praticamente imexível. Por quê?
Por dois motivos:
1) os pais e a sociedade ainda não se mobilizam, como deveriam, pela melhoria da educação pública;
2) o poder público é o paraíso dos incompetência.
O paraíso dos incompetentes é o inferno dos cidadãos. E, no final, quem paga a conta são sempre os mais pobres.
*
Visitando escolas públicas ao redor do mundo, vi o seguinte. Não se faz uma boa escola apenas com um bom diretor.
Mas, sem ele, não existe boa escola.
Por isso, um dos melhores investimentos é formar diretores que sejam bons gestores.
por.Gilberto Dimenstein
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