No Brasil, número de pessoas afetadas pode chegar a 6 milhões.
Maioria dos casos surge na adolescência, mas detecção leva até 13 anos.
Ben Stiller é um dos famosos com transtorno bipolar (Foto: Robin Marchant/Getty Images North America/AFP)
Cerca de 4% da população adulta mundial sofre de transtorno bipolar e,
segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), essa
prevalência vale também para o Brasil, o que representa 6 milhões de
pessoas no país.A doença, caracterizada por alterações de humor, com fases de depressão e euforia (mania), tem se tornado cada vez mais discutida – os primeiros casos do distúrbio foram descritos com outros nomes 460 anos a.C., pelo grego Hipócrates, considerado o "pai da medicina" –, mas o diagnóstico ainda é difícil e leva, em média, entre 8 e 13 anos para ser feito.
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"As mudanças de humor podem ser bruscas, mas a duração de cada
episódio, não. A depressão é geralmente igual ou superior a 15 dias
(podendo chegar a 2 anos), a mania dura pelo menos uma semana e a
hipomania (euforia leve) demora ao menos quatro dias. E tudo isso é
intercalado com fases de normalidade", explica a presidente da ABTB,
Ângela Scippa.Além disso, o quadro – que em 60% dos casos se manifesta na adolescência, mas só é descoberto na idade adulta – inclui outros sintomas, como alterações de energia (agitação, pensamento e fala rápidos), sono (insônia ou necessidade de dormir pouco), apetite (bulimia), comportamento (dificuldade de concentração e memória, agressividade, compras compulsivas e hábitos de risco, como sexo sem proteção) e pensamento (delírios e alucinações). Já se a pessoa estiver deprimida, tende a sentir mais fadiga, lentidão, falta de energia e esperança, apresentar ideias negativas e culpa excessiva, e perder o prazer na vida.
Em 30% a 70% dos casos de bipolaridade, ainda há algum outro distúrbio psiquiátrico relacionado, como fobias, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de personalidade e transtorno do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
"O problema não ocorre por falta de serotonina (hormônio do bem-estar), mas por uma desregulação dos mecanismos de neurotransmissores (substâncias que fazem a comunicação entre os neurônios) em diversas áreas do sistema nervoso central", afirma Ângela. Com informações do G1 noticias.
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