
O Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Pernambuco e as entidades ligadas à defesa da mulher vão
promover uma série de atividades em repúdio ao economista e articulista
da Revista Veja, Cláudio de Moura Castro. A categoria estuda ainda
processar o articulista.
Segundo a categoria, durante uma
audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado,
realizada no último dia 22, ele “propôs”, em tom de deboche, que no
Plano Nacional de Educação deveria haver uma cláusula oferecendo “um
bônus para as ‘caboclinhas’ de Pernambuco e do Ceará se casarem com os
engenheiros estrangeiros, porque aí eles ficam e aumenta o capital
humano no Brasil, aumenta a nossa oferta de engenheiros” (sic).
Diante disso, as entidades apresentaram
uma carta pública que repudia a “sugestão” do articulista, nesta
sexta-feira (1º). O Sintepe e as entidades entendem a “proposição” como
inadmissivelmente machista e discriminatória. Na opinião da
representação sindical, constitui-se em uma ofensa às mulheres e à
educação brasileira, inclusive sugerindo a subjugação das mesmas por
estrangeiros.
Segundo Tereza Souza, membro da
Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste, à carta deve
chegar às mãos da Presidente Dilma Rousseff. O Sintepe está
encaminhando à carta de repúdio a todos os senadores e deputados
federais de Pernambuco. O objetivo é que o assunto seja debatido na
Câmara de Deputados e no Senado Federal.
Na próxima terça-feira, a partir das
15h30, os movimentos de defesa da mulher vão se reunir no Sintepe para
dar início à panfletagem que será realizada em todo o Estado, com a
intenção de tornar público o repúdio. As informações são da Folha de
Pernambuco.