
Troco. Essa parece ser a melhor palavra que definiria o suposto
comportamento do ex-governador José Serra (PSDB) em relação ao seu
correligionário e presidenciável Aécio Neves (PSDB). O tucano paulista,
que viu no pleito de 2010 o mineiro liberar seus aliados locais para
votar na presidente Dilma Rousseff (PT), estaria trabalhando nos
bastidores para levar o PPS para o palanque do governador Eduardo Campos
(PSB), nas eleições do próximo ano.
Muito influente junto à direção nacional pepesista, Serra estaria
mantendo conversas com o deputado Roberto Freire (PPS), que preside a
sigla, com esse fim. Um desses encontros teria ocorrido na semana
passada, em São Paulo, quando o ex-governador teria dado sinal verde
para os aliados abraçarem a candidatura de Eduardo.
O PPS já sinalizou que deverá tomar sua posição sobre a corrida
sucessória presidencial em dezembro. O partido cogita a possibilidade de
marchar com Aécio Neves, entretanto, dá mostras de que o caminho da
aliança com Eduardo anima mais a legenda. A outra alternativa pepesista
seria a de seguir com postulação própria. A ex-vereadora Soninha
Francine tem se movimentado para representar o partido na eleição.
Pesaria em favor de Eduardo o fato de integrantes da cúpula do PPS se
mostrarem favoráveis a um novo caminho, longe do PSDB. Muitos
pós-comunistas entendem que a aliança com o tucanato brecou o
crescimento do partido.
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