O Tribunal Superior do Trabalho (TST)
confirmou o julgamento do dissídio entre a Empresa de Correios e
Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) na próxima terça-feira (8).
Os funcionários dos Correios estão em greve desde o dia 17 de setembro
e, para voltar ao trabalho, pedem aumento real de 15% sobre os salários,
reposição da inflação de 7,13%, aumento linear de R$ 200, reposição de
20% de perdas salariais e jornada de 6h diárias para os atendentes.
A proposta dos Correios é reajuste de
8%, reposição salarial de 6,27%, ganho real de 1,7%, vale-extra de R$
650,65 e vale-cultura. De acordo com a empresa, os trabalhadores têm
benefícios médico-hospitalares e odontológicos pagos pela empresa.
Várias audiências foram feitas no TST na
tentativa de entendimento, mas não houve acordo. A federação e a
empresa também tentaram negociar entre si, mas não deu resultado. O
fracasso do entendimento levou o conflito para o julgamento de
terça-feira. O relator do dissídio será o juiz Fernando Eizo Ono.
Na sessão, deverá haver decisão sobre o
fim ou a continuação da greve, a aceitação ou a rejeição das exigências
salariais e de benefícios, e sobre a compensação dos dias parados. A
decisão do tribunal não é terminativa e as partes podem entrar com
recurso para submissão do tema a nova avaliação do TST.
Os Correios informaram que 93,2% dos 116
mil empregados estão trabalhando e que não há paralisação no Rio de
Janeiro, no Rio Grande do Norte, em Rondônia, no Tocantins e no Amapá.
De acordo com a empresa, também não há greve na região metropolitana de
São Paulo e em Bauru (SP).
Os serviços comprometidos pela
paralisação são postagem, entrega e coleta de encomendas com hora
marcada. Segundo os Correios, a rede de atendimento está aberta em todo o
país, assim como o Sedex e o Banco Postal.