Após ter perdido o apoio do PSB e a amizade que tinha com o governador
Eduardo Campos, a presidente Dilma Rousseff resolveu declarar “guerra” a
Pernambuco.
Em primeiro lugar, aceitou a exoneração, a pedido, de dois pernambucanos
que trabalham no seu governo: Fernando Bezerra Coelho (ministro da
Integração) e João Bosco Almeida (presidente da Chesf).
Depois, “fechou as torneiras” para o Porto de Suape, restringindo as verbas que seriam destinadas às obras de dragagem.
Por último, determinou ao ministro dos Transportes, César Borges, que
rebatesse a declaração do governador de que a União ainda deve R$ 200
milhões a Pernambuco referente à duplicação da rodovia BR-232.
Segundo o governador, a rodovia foi duplicada no governo de Jarbas
Vasconcelos com o dinheiro da venda da Celpe. Como se trata de uma
estrada federal, a União ficou de cobrir parte da despesa, mas não o
fez. O governador disse também que até hoje Pernambuco não recebeu
oficialmente a estrada porque há pendências jurídicas envolvendo os
consórcios que fizeram a duplicação.
A versão do ministro é diferente. Segundo ele, ficou decidido no governo
de Jarbas que 40% das despesas com a duplicação ficariam com a União e
os outros 60% com o governo de Pernambuco. O Estado é que estaria
inadimplente com o governo federal, fato que teria sido constatado por
uma auditoria da CGU.
Essa estrada seria entregue à Odebrecht, mediante concessão, pelo prazo
de 25 anos. Mas houve tantos questionamentos ao modelo – “concessão sem
pedágio” – que o governador desistiu de levar o processo adiante, tendo
optado pela recuperação da rodovia como obra pública comum. Deverão ser
gastos na recuperação cerca de R$ 400 milhões. (Blog Inaldo Sampaio)
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