quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Gasolina mais cara.



Os preços dos combustíveis podem subir neste ano, mas ainda não há uma data definida, afirmou ontem a presidente da Petrobras, Graça Foster. Para o governo autorizar o reajuste nas tabelas das refinarias, ressaltou ela, restaria só uma folga no cenário econômico para conter o temor de novas pressões inflacionárias. “Quem sabe surge um movimento inesperado. A cotação do petróleo cai ou o câmbio desce e, aí, a gasolina pode ser reajustada”, disse a executiva, em um evento, na capital paulista.

Analistas veem, no recuo da inflação oficial, a janela de oportunidade para a alta da gasolina. Essa possibilidade deverá ser confirmada hoje, com o anúncio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro. A estimativa geral do mercado aponta para uma taxa de 0,35%, que asseguraria recuo do IPCA em 12 meses, de 6,09% para 5,86%. Outro fator favorável vem da estabilização do dólar após tensões geradas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Nesta semana, Graça Foster ressaltou que a petroleira não trabalha com nenhuma previsão de quanto e quando haverá mudança nos preços dos combustíveis, apesar de o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ter sinalizado que a correção acontecerá até dezembro. Em meio às graves dificuldades de caixa causadas pela defasagem nos preços e à necessidade de fazer investimentos, a estatal deflagrou, nas últimas semanas, medidas para elevar a produção e reduzir custos, com a venda de ativos no exterior.

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