quarta-feira, 31 de julho de 2013

Paralisação dos aeroportuários não afeta movimento no Recife.

Cora
Greve dos aeroportuários no Recife (Foto: Katherine Coutinho/G1)Greve dos aeroportuários no Recife
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
O Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, localizado na Zona Sul do Recife, não registrou até a manhã desta quarta-feira (31) atrasos fora do normal ou cancelamentos decorrentes da paralisação dos aeroportuários iniciada à meia-noite, segundo informações repassadas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os trabalhadores paralisados promoveram o apitaço pelo aeroporto, com faixas e usando narizes de palhaço.
De acordo com o delegado regional de Pernambuco do Sindicato Nacional de Aeroportuários (Sina), Leonardo Félix, 70% dos cerca de 680 funcionários aderiram ao movimento. “Estamos pedindo que seja aprovado o acordo coletivo, apresentado há 60 dias pelo sindicato. A Infraero nos ofereceu um aumento de 6,49% e estamos pedindo essa porcentagem mais os 9,5% referentes ao crescimento do setor áereo. Além disso, queremos a manutenção dos direitos conquistados ao longo dos anos”, aponta Félix.
Outra reivindicação da categoria é o final das privatizações dos principais aeroportos brasileiros. “Eles estão vendendo o filé e deixando só o osso. O governo transferiu para o capital privado o lucro, tendo que tirar dinheiro do Tesouro para investir nos aeroportos por causa da privatização, dinheiro que podia ter sido investido em outras áreas”, afirma o delegado do Sina.
O grupo saiu em passeata pelo aeroporto, levando faixas e gritando palavras de ordem. “Estamos em assembleia permanente. Temos uma reunião marcada para às 14h40, em frente ao embarque. Antes disso, vamos circular pelo aeroporto para conscientizar a população”, explica Félix. Aproximadamente 150 pessoas participaram do apitaço.
A paralisação recebeu o apoio de passageiros, que chegaram a aplaudir e colocar narizes de palhaço, como o rasteleiro Abedenego Gonçalves da Silva, que veio passar férias no Recife e retorna para São Paulo nesta quarta. “Tem que fazer as coisas direito, tem que acabar com essa história de corrupção. Você vê eles dizendo que tem diretor da Infraero ganhando até R$ 30 mil, mais que a presidente”, explica Abedenego, que afirma não ter tido problemas para despachar bagagens. “Em São Paulo é que demora, muito tempo”, diz.
Amanda não teve problemas para desembarcar (Foto: Katherine Coutinho/G1)Amanda não teve problemas para desembarcar
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
A enfermeira Amanda Santos, que mora nos Estados Unidos, conta que não teve problemas no desembarque internacional. “Eu vim visitar a família, foi bem tranquilo para sair do avião,  não tive problemas”, afirma Amanda. O encanador industrial Leonidas Oliveira também não teve problemas no voo de Salvador para o Recife. “Não teve atraso, nem demora para despachar ou pegar pagagem. Eu acho que os aeroportos estão indo bem, como dá para ir”, afirma Leonidas.
A bióloga recifense Juliane Santos estava preocupada com a paralisação e chegou a ir na terça-feira (30) para saber se teria problemas. “No balcão da Infraero, me disseram que iam paralisar só os serviços burocráticos. Até cheguei mais cedo, mas despachei a bagagem bem rápido”, conta Juliane. Vindo de Manaus e passando por Belém, o farmacêutico Alexandre Targino também não teve problemas. “Sem atrasos, foi tranquilo”, aponta.
A Infraero informou que está com um plano de contigência para que os serviços essenciais, como os  operacionais, despacho de bagagens, entrada de passageiros no embarque, não sejam afetados pela paralisação. Por G1.

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