quinta-feira, 25 de julho de 2013

Governo deve usar rede social para entender reivindicações, diz cientista política.

Em vez de apenas reagirem aos movimentos políticos criados pelas redes sociais, os governos e instituições devem usar essas novas tecnologias para colher a enorme quantidade de dados que elas disponibilizam, melhor compreender os desejos latentes da população e antecipar reformas.

A opinião é da cientista política Helen Margetts, diretora do Instituto de Internet da universidade britânica Oxford, um dos principais centros do mundo no estudo das interações entre política e tecnologia, que emprega métodos científicos para mensurar e explicar as recentes mudanças nessa relação.

"Eles [governos] devem entender que esses movimentos estão demonstrando importantes correntes e preferências políticas, e devem agir de acordo com isso. Eles próprios deveriam usar a mídia social para entender melhor as necessidades, preocupações e comportamento de seus cidadãos, e a legitimidade (ou não) de suas políticas, serviços e instituições, usando as redes sociais como um "barômetro" do Estado", disse à Folha logo após a proposição pela presidente Dilma Rousseff de uma reforma política via um plebiscito --que acabou por ser abortada.

Margetts reconhece a dimensão autorepresentativa das redes, mas não acredita num futuro sem políticos: "Se eles desaparecessem, seriam reinventados em uma outra forma. Isso é democracia representativa, e a disponibilidade de plataformas de mídias sociais não provê automaticamente um modelo alternativo. Movimentos como esses estão se formando sem instituições ou organizações. Mas elas (no sentido mais abrangente da palavra, e talvez em uma forma muito diferente) são partes vitais da evolução dessa mudança política." com informações do Folha de São Paulo.

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