O balanço do Ministério da Saúde,
apresentado nesta quarta-feira (25), mostra que quatro Estados
(Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo) e o Distrito Federal
conseguiram acabar com a espera para a realização de transplante de
córnea. Nesses locais, o tempo que o paciente aguarda pela cirurgia é
praticamente nulo, já que a capacidade instalada dos serviços
especializados e a quantidade de doações são suficientes para atender a
demanda atual, sem que o paciente precise aguardar numa lista.
Juntos, os quatro Estados e o Distrito
Federal realizaram 3.967 cirurgias de córnea no primeiro semestre deste
ano, o equivalente a 58% das cirurgias deste tipo realizadas no País
(6.781, no total). Comparado com os primeiros seis meses de 2012, quando
ocorreram 7.777 atendimentos, houve redução de 13%. Essa redução se
deve à diminuição das listas de espera.
Os dados do ministério revelam ainda que
em outros sete Estados (Acre, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo,
Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Minas Gerais) a espera por
transplante de córnea foi reduzida com tendência a zerar as listas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
mostrou que, além dos avanços nas cirurgias de córnea, os novos dados
revelam o aumento de transplante de grande complexidade – crescimento de
35% nas cirurgias de coração e pulmão, entre os anos de 2010 e 2012, e
de 12% para transplante de fígado, no mesmo período. “Em 2010, havia
concentração dos serviços. Os dados do balanço mostram o acerto das
medidas adotadas pelo ministério, em parceria com os Estados e
municípios”, completou.
Ele destacou ainda a expansão dos
serviços e a criação de incentivos financeiros para estimular a doação
de órgão, acrescentando que desde 2011 o Ministério da Saúde tem adotado
medidas para regionalizar a oferta de cirurgias nos Estados que antes
não contavam com serviços transplantadores, como no Norte e Nordeste. As
informações são do JC Online.