Sensibilizados com o fato, muita gente se deslocou de longe para, de alguma forma, ajudar. Todos querem conhecer o pequeno Cauã, dar uma palavra de força para a mãe, levar uma doação. Na tarde de ontem, a todo instante mais e mais pessoas chegavam com doações na casa de Maria Gleiciane de Oliveira, 20, mãe do bebê. A residência fica em um estreito beco no Conjunto São Domingos. Para chegar lá é preciso ficar atentos aos esgotos à céu aberto espalhados pelo caminho. Ignorando o ambiente insalubre, crianças brincavam alegremente, entusiasmadas com a movimentação atípica na casa de Cauã.
A mãe conta que ficou sabendo da situação do filho aos três meses de gestação, quando fez o ultra-som. "Fiquei triste. Pensei em tirar com dois meses, por causa do pai, que abandonou a gente. Mas quando soube do problema, resolvi levar a gravidez adiante", revela. O parto foi cesáreo, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac).
Gleiciane mora com Cauã e um outro filho, Lucas. A mãe, temporariamente, está na casa de Gleiciane para dar uma força. O fato de estarem desempregadas tornou mais difícil a missão de criar o caçula, que requer cuidados especiais.
Zenilda Bruno, obstetra e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) diz que casos como este não são comuns. Em se tratando de má formação congênita, esclarece que o bebê já foi gerado assim. A especialista acrescenta que, geralmente, quando ocorrem casos graves desta natureza, acontece aborto espontâneo.
Fonte: Diário do Nordeste
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