quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Para reduzir pena, Dirceu planeja lavar roupa e cozinhar na prisão.



O ex-ministro José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 10 meses por comandar o esquema do mensalão, começa a se preparar para a prisão e a pensar como fará para se comunicar, para escrever e continuar a fazer política. Dirceu refez os cálculos de quanto tempo ficará na cadeia caso o STF rejeite os recursos de seus advogados. Segundo a matemática, ele tem direito a pedir progressão de regime para o semiaberto (em que é obrigado a apenas dormir na cadeia) após um sexto da pena, mas quer cozinhar e lavar roupa na prisão para adiantar em seis meses esse benefício, chegando ao seu tempo de condenação de 1 ano e 4 meses.
Amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista tem dito aos mais próximos que não acredita num novo julgamento pelo Supremo, algo que lhe daria a chance de diminuir sua pena. Diz, segundo relatos, que gostaria de ficar preso nas proximidades de Vinhedo, cidade onde mora, como no Centro de Ressocialização de Limeira, a 151 km da capital paulista. Mas afirma que outra alternativa seria cumprir a pena no presídio de Tremembé, a 147 km de São Paulo, onde diz que a presença de integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) reduz o risco de rebeliões. Tem dito também que já imaginava um resultado ruim quando o Supremo, seis anos atrás, recebeu a denúncia do Ministério Público Federal e abriu a ação penal contra 40 pessoas, 25 acabaram condenadas.
Dirceu tem afirmado ainda que desconfia que o tribunal possa decretar as prisões imediatamente, logo após o julgamento dos primeiros embargos de declaração, que devem ser concluídos nesta quarta-feira, 4, normalmente, os ministros do STF mandam prender os condenados após uma segunda leva de recursos.
Processo do mensalão
O Supremo retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos condenados no processo do mensalão. Os ministros passam a julgar os seis recursos que faltam ser analisados. Será a sétima sessão exclusiva de análise dos embargos de declaração, recursos usados para corrigir omissões ou contradições no acórdão, o texto final do julgamento. Os embargos infrigentes podem permitir novo julgamento quando há pelo menos quatro votos pela absolvição. Nesse caso, Dirceu poderia tentar conseguir uma maior redução de pena. Por outro lado, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, poderá pedir o cumprimento da pena dos mensaleiros imediatamente.

(Com Agências)

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