
Não ficou
apenas na polêmica a declaração da jornalista Micheline Borges, que
escreveu, em sua página no Facebook, que as médicas cubanas que chegavam
para trabalhar no Brasil tinham "cara de empregada doméstica". A
presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da
Grande São Paulo, Eliana Gomes de Menezes, entrou na Justiça contra
Micheline e exige indenização por danos morais de R$ 27.120 mil à
categoria.
O sindicato
argumenta, na ação, que a jornalista "menospreza a potencialidade das
médicas cubanas e trata com desprezo e discriminação as nossas
empregadas domésticas". "A questão não é a indenização. Nós queremos
mostrar para essa jornalista que empregada tem orgulho da profissão, não
há nenhum demérito nisso. As declarações dela foram extremamente
preconceituosas. Por isso, achamos que isso não poderia passar impune",
declarou a advogada Fabíola Ferrari, que representa a presidente do
sindicato na ação.
Mensagem
No final de
agosto, quando os médicos cubanos começavam a desembarcar no País, a
jornalista potiguar escreveu que "médico, geralmente, tem postura, tem
cara de médico, se impõe a partir da aparência", o que ela não teria
percebido nos profissionais cubanos. "Coitada da nossa população. Será
que eles entendem de dengue? E febre amarela? Deus proteja o nosso
Povo", completou, provocando revolta nas redes sociais.
"Me perdoem
se for preconceito, mas essas médicas cubanas tem uma cara de empregada
doméstica. Será que são médicas mesmo? Que terrível", disse ainda
Micheline, na mensagem que motivou o processo. Diante da repercussão
negativa, que ela provavelmente não esperava, a jornalista excluiu sua
conta da rede social.
Brasil247
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