A pauta da aceitação das diferenças e quebra de
preconceitos é uma realidade no mundo e no Brasil. Em nossa região não
pode ser diferente, uma vez que não estamos numa ilha e essa agenda não
deve ser ignorada.
A sociedade tem uma característica imutável: está em
constante evolução. Na linha do tempo da existência humana, por exemplo,
não é relevante do ponto de vista temporal a inserção da mulher no
mercado de trabalho. A figura feminina foi abnegada de trabalhar durante
muitos séculos e essa mudança só se deu graças a capacidade da
sociedade se transformar.
No entanto, para que paradigmas sejam quebrados, é
necessário um olhar mais progressista. E isso tradicionalmente esteve
mais presente nos grandes centros, ambientes menos alinhados ao
conservadorismo. Com os adventos da globalização e da internet,
entretanto, o cenário está mais equilibrado: é possível observar, mesmo
nos mais modestos municípios, uma receptividade muito positiva no que
diz respeito a superação de valores engessados que só semeiam o ódio e a
violência contra as pessoas.
As novas revoluções passam necessariamente pelo diálogo
e, visto que a mentalidade do povo está mais susceptível a discutir um
inédito realinhamento da nossa organização social, esse ensejo deve ser
aproveitado. Devemos promover um debate em alto nível - e com a
participação de todos os setores - para que possamos elevar a aceitação
do dito diferente. Valores como o respeito à diversidade devem estar no
topo da pirâmide do pensamento contemporâneo.
Por Arnaldo Mascarenhas Arraes Lage
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