Inaugurando as sabatinas do período eleitoral, o candidato do PSB à Presidência não poupou críticas ao governo de Dilma Rousseff
O candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB),
afirmou nesta terça-feira que sua proposta de 3% para a inflação no
Brasil é completamente viável. Atualmente, a taxa é de 6,5% ao ano e
está entre os principais motivos de crítica ao governo de Dilma Rousseff.
“A
solução é deixar as contas transparentes e pensar em uma política de
longo prazo. Nós temos sim como tirar o país desse atoleiro. Não sou
vendedor de ilusão”, afirmou.
Durante
sabatina realizada pelo jornal Folha de S. Paulo, o candidato também
voltou a criticar abertamente a presidente Dilma Rousseff.
“Ela
é a única presidente, em todo o ciclo democrático, que vai entregar o
país pior do que encontrou. O Brasil torceu muito para que o governo
dela desse certo, mas ela jogou fora essa oportunidade. Não teve
capacidade política para perceber seu papel histórico”, disse Campos.
Com o apoio da ex-senadora Marina Silva,
que concorre como vice em sua chapa, Campos pretende ser uma “terceira
via” para os eleitores que estão insatisfeitos com o tradicional duelo
entre PT e PSDB.
No
entanto, ao ser questionado sobre seu apoio a candidatos de ambos os
partidos nas eleições estaduais, Campos afirma que a maior mudança deve
acontecer na esfera federal, pois “Brasília é responsável por alimentar”
o modelo de governança corrupto ou ultrapassado que existe em alguns
estados.
“Nós
buscamos um conjunto político que ofereça a renovação. Mas o novo não
surge do nada, ele surge a partir da melhora do que já existe”, alegou.
"O
Brasil não aguenta mais esse discurso do PT de que o PSDB não fez nada.
E o discurso do PSDB que no PT só tem corrupto e que também não faz
nada. Ambos estão errados. Isso é um dever de coerência: admitir os
avanços que foram feitos e corrigir os erros”.
Desconhecido
O
ex-governador de Pernambuco admite que ainda é desconhecido por muitos
eleitores. Com 9% das intenções de votos nacionais e 11% no Nordeste, de acordo com a mais recente pesquisa eleitoral, ele acredita que o número aumentará ao decorrer da campanha.
“A
campanha não começou ainda. Essa é a primeira sabatina. Até no
Pernambuco tem gente ainda que não sabe que eu sou candidato, pois não
acompanha tão de perto a política. A realidade no Nordeste em agosto
será completamente diferente”, acredita.
“Eu
também não posso tolerar essa campanha terrorista que diz que eu e o
Aécio pretendemos acabar com o Bolsa Família. Isso é nefasto”. (Exame)
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